Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Corrida do Monge resume-se a uma palavra: SUBIDAS. Não são apenas subidas, mas elas estão estrategicamente posicionadas para lixar a malta :D são 11,5km. Levei a minha amiga Cláudia para me acompanhar, porque ela dizia "Maria Catarina, tu livra-te de subir ao pódio e eu não ver!!"... vejam a responsa de fazer uma boa prova! Tinha treinado bastante, estava bem e no dia anterior não fui correr para aquecer o músculo o que me deixou algo insegura.
O meu pequeno almoço é sempre bastante básico galão com Alpro Soya, pão torrado com mel e manteiga. Quando chegamos a Malveira da Serra o tempo estava espetacular, previa-se chuva mas pouco ou nada choveu e o Sol ainda espreitou no final :)
Cláudia: "Quanto tempo vais demorar? "
Eu: "1h10 :) "
Levei o meu querido equipamento Salomon, que é super confortável, leve, e deixa o meu corpo respirar... não sinto a sensação de "sufoco" que algumas t-shirts técnicas deixam.
Adorei a forma tradicional como a prova está organizada do início ao fim. O dorsal não tem chip, e antes da partida vai tudo em fila e está um senhor a apontar o número de cada dorsal numa folha de papel com uma caneta bic :)
No final, por ordem de chegada outro senhor "espeta" num palito cada dorsal e depois são afixadas as listas das classificações finais. No início estava apreensiva com este tipo de organização, mas revelou-se bastante eficiente e haviam bastantes (montes) de voluntários e bombeiros principalmente em zonas críticas. O percurso era tricky.
Haviam duas opções: medo e desconfiança a cada trilho e jogar pelo seguro; ou aproveitar para abrir onde os outros estão frágeis... e como correr 90% é psicológico optei pela segunda e acho que foi isso que me levou ao pódio.
Levei as Salomon Speedcross 3 que embora bastante estruturadas para entrar a abrir num trail, revelaram-se excelentes amigas nos trilhos mais profundos, nas pontes de "cepo", no chão invadido por folhas das árvores do Outono. Não escorreguei, e fui sempre a abrir, sem medo.
O meu problema de abrandar ultrapassei-o no trilho mais difícil que fiz nos últimos meses :) como é possível? Parece que quando é mais difícil, é quando damos mais de nós!
Aos 5 km já eu estava estourada, não tinha parado vez nenhuma e tive de abrandar numa subida. Foi aí que deixei de ver a terceira classificada :) Depois nos 8,5 km voltei a encontrá-la e segundo a Carina "dei luta". Mas estaria para vir a pior subida de todas, e aí sim foi a maior quebra pois já tinha comido há bastante tempo, tinha o corpo já em sofrimento mas sem dores. Psicologicamente continuava forte porque não podia deitar fora uma prova tão boa que tinha feito até ali!
Um senhor ainda me disse que eu estava muito amarela e tinha de pôr a cabeça para cima... iria começar a vomitar eheh Bom, segui os conselhos e não vomitei.
Cheguei ao fim feliz, muito feliz! Porque sabia que na geral estava em 5º, só não sabia que no meu escalão estaria em 3º :) Grande surpresa para mim... recebi dois troféus numa prova difícil.
E a companhia não podia ter sido melhor, tanto nos treinos como na prova :)
Estava meio constipada e mesmo assim tive de tomar banho de água fria. Acho que não piorei, e fartei-me de comer e beber no fim da corrida. Pão com chouriço que ofereceram, sumo de laranja, barrita Recovery, Powerade, ... e água!
Durante a prova, apenas bebi 33cl que levei numa garrafa pequenina de água com 4 Eletrolytes Gold Nutrition. Sabe-me bem, e repõe-me o sódio no corpo.
Fiz 1h10 :)
RC Máximo: 186 bpm
Ritmo médio: 6:28 min/km
Cadência média: 165 ppm
Distância: 11,5 km
Meo Urban Trail em Sintra? Pode ser... O que me chateia no video da organização é que não mostra o percurso lixado que foi desenhado :) Nunca parei em prova nenhuma até hoje, e vai-se a ver chego a Sintra, começo-me a entusiasmar tive mesmo de parar... Se eu tivesse levado o medidor de ritmo cardiaco ele próprio mandava uma mensagem para o relógio a dizer "pára por favor sua maluca!" eheh não tinha treinado para aquilo... mas foi tão bom, mas tão bom!
Resume-se a escadas e subidas :) mas em quilómetros estratégicos que é para a malta não ganhar moral e achar que aquilo seria fácil.
Começamos por levantar o dorsal para levantar o kit com a t-shirt, frontal e saquinho de goodies. O meu frontal apenas dava luz branca :) e bem jeito deu porque havia sítios que não se via mesmo nada, e neste tipo de provas vitória não é só chegar ao fim é também não torcer nenhum pé.
Para mim foi difícil a parte das descidas (ora se não bastasse as subidas serem a pique), porque o meu tornozelo começou a chamar pelo gelo... e quando se joga à defesa prejudica-se o resto do corpo com uma passada irregular.
Durante a prova, à medida que iam aparecendo as subidas os voluntários ficavam cada vez mais surpreendidos por ver uma mulher :D eheh apoio extra! Não levei gel, nem nada de combustivel, apenas a água da organização, por isso valeu a pena esse apoio.
Adoro Sintra principalmente à noite e na companhia da malta das corridas :) Conheci finalmente a Manuela Folgado na partida e ainda deu para colocar a conversa em dia... o Kapinha bem animava os atletas mas estava tudo super concentrado, e giro giro foi o final da prova ser depois de uma curva. Foi do tipo "ah acabou a prova!".
No final? Travesseiro de Sintra na companhia da Leonor e do João Pedro.
Gostei muito embora o dorsal seja excessivamente caro!